Curiosamente os olhares não se surpreendem.
O vai e vem de pés, braços e pernas nem me enxerga.
Sinto-me invisível todos os dias...
E sou. Sei que sou.
Tenho grandes amigos.
Mas eles estão ocupados ...
-Xô! Xô cachorro "desgraçado" esse, viu!
Todo dia é isso.
Carrego carrego e carrego.
Pedaços e pedaços de vidas, de retratos, até de sonhos...
Mas os meus...
Não dá tempo pra pensar nestas coisas...
Quer dizer....Até dá. Mas não é bom para os neurônios.
E aqui há os que pensam...
Há os que fogem e se divertem da realidade.
Tem os alcoolicos.
Os sem sentido.
Os desiludidos.
-Xô! Xô!...
E eu vou vivendo vivendo vivendo.
Eu vou tentando superar o descaso.
Família não tenho.
Abrigo me falta.
Palavras ao vento.
(não as alcanço )
Corações maldosos.
(Suporto-os)
Mentes preocupadas...
E eu aqui...
Sem medo...
Vivendo, viven...do ....
2 comentários:
gostei!!!
:D
mesmo com as diferentes facetas, a inconformidade com o cotidiano, o narcisismo, a sofreguidão e a maximização da dor humana acompanha o sujeito poético...nas mais diferentes poéticas...
inclusive na poética do escárnio e da paixão eveliniana...rsrs
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