É nas cenas obscuras que mais me encontro.
É nos sonhos perdidos que sempre estou.
É nos jardins sem flores...
É nos bancos das praças...
Nos retratos sem jeito...
É nos pensamentos confusos que sempre me vejo
É nas arquibancadas cheias de desejos.
É nas ideias infelizes...
Nos rios invisíveis...
Nas noites sombrias...
É nas dores estampadas...
É nas cicatrizes...
(Que há sempre um pedaço de mim)
E no teatro desta vida
Sou sempre noite.
Sou infeliz sombra de outros atores.
E nas cenas do meu quarto
há sempre dores.
E nas ruas da cidade
Sou flor e nada mais.
Sou apenas rio de sangue...
E é lá,lá, nos mais recônditos lugares,
nos mais imperfeitos lagares
Que se encontra minha alma perdida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário