segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Teatro da vida

É nas cenas obscuras que mais me encontro.
É nos sonhos perdidos que sempre estou.

É nos jardins sem flores...

É nos bancos das praças...
Nos retratos sem jeito...

É nos pensamentos confusos que sempre me vejo
É nas arquibancadas cheias de desejos.

É nas ideias infelizes...
Nos rios invisíveis...
Nas noites sombrias...

É nas dores estampadas...
É nas cicatrizes...

(Que há sempre um pedaço de mim)

E no teatro desta vida
Sou sempre noite.
Sou infeliz sombra de outros atores.

E nas cenas do meu quarto
há sempre dores.

E nas ruas da cidade
Sou flor e nada mais.
Sou apenas rio de sangue...

E é lá,lá, nos mais recônditos lugares,
nos mais imperfeitos lagares
Que se encontra minha alma perdida.

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