Cada vez que me leio percebo outras cores.
Cada vez que me inscrevo no mundo sou ponto.
E cada vez que os sonhos me vem, são turvos.
Cada vez que escrevo um verso tenho medo.
Cada vez que digo uma frase, a contradição me persegue.
Sou homem, sou praça, sou esquina, sou rua alagada, sou menina.
Cada vez que me ponho em desespero o espectro me acusa.
Cada vez que sou estrela no espaço calo-me em opaco azul-escuro.
Sou homem,sou neve, sou lua de sangue(talvez),sou muro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário