quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Versões de uma(s) vida(s)

Nem um dia a mais.
Nem uma noite a menos,
Ando de ônibus, de bicicleta,a pé...
Crispo meu ser.

Louvo as qualidades da alma
Meus desejos são inspirados
Num anseio de viver

Liberto-me da prisão
do trânsito das almas
Da noite mal estruturada
Só para encontrar o amanhecer

Nada vai impedir
o mundo de caminhar
tudo que ,ainda,me alegra
é poder sonhar.

Vidas amálgamas
Secretam-se vozes histéricas
Dum mundo de lutas vazias
Sem dias.

Cristal reluzente
sem sombra de dúvidas
mesclam-se imponentes
lírios e liras úmidas.

Castidade e pureza
Relacionam-se a beleza
Dos problemas do ser.

Numa estrela apagada
Brilha uma luz
Que teima em se esconder.

No mundo de alegria
De profunda elegia
Esconde-se o grito
Sombrio do animal enjaulado
No circo do prazer.

Águas cristalinas
Vidas sussurrantes
Do Rio Paraguaçu
Vivendo ao relento
Sopra-se o vento
Embaixo do céu azul.

Noites clareadas
Com madrugadas recheadas
Do som impetuoso
Do mar, da fria sensação
De quem só pode remar.

Lucubrações externas
Lambem o sussurrar dos pássaros
Cantam uma canção esbelta
Da caçada assombrada
Vagada no mato.

No fundo do mato-virgem
Nasce um urso: feroz, sagaz...
Castiga-se em prol do fruto bendito
E ao mesmo tempo atroz.

Tela quadrada, conhecimento...
Vida espetacularizada
Coisa de momento?

Só vendo pra quê
Quem num pesadelo
Amoroso sucumbe um plano
Do gato noturno
Só pra sobreviver.

Num pranto circular
Que mistura cachaça
Ao refrigerante
Se Lida com lendas
Muito emocionantes.

Note-se o currículo
Do módulo grosso
Do curral cheio de vacas
E grandes colossos.

Corra-se a brisa
Recorra ao mar
Liberte-se da sombra
Só pra se conceituar.


Lálálá ééé hoje
É dia de andar a pé.

Ecumenismos
não me inspiram.
Será?
Nesta sociedade
O mais certo é mesclar.
Será?

Hoje se esvai o sol
Escorrendo o amarelo esverdeado
No branco amarrado
Do azul maltratado
De um Brasil de além-mar.

Ando de carro
Do ano, sem mancha.
Sei me acostumar.

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