quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Poema pensado

Necessariamente me faço
surda...
Me faço muda...
Dedico-me a ação do pensar
Resguardo-me em mim...

Há quem diga que mudez
é sinal de passividade
Mas eu me refaço.
Fico quieta, me calo, e, depois,
de súbito, ataco os atores da vida
com agressividade!

Agressividade de quem pensou
e só assim julgou-se capaz
de falar.

2 comentários:

Claudio Sousa Pereira disse...

As reverberações do Ser e do persona poética, numa poesia que lembra a escrita ortónima de Fernando Pessoa, porém mais subjetiva. Você escreve bem Évelim! Virei aqui mais vezes. Visite-me, siga-me, um beijo, Claudio.

Naiana P. de Freitas disse...

Gostei muito.
Évelim!
muito mesmo!